segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

São Tomás de Aquino, a postagem mais lida durante o ano

São Tomás de Aquino retratado por Botticelli

Comemorou-se no dia 28 de janeiro, o dia de São Tomás de Aquino. Na referida data, no ano passado, quando uma matéria sobre ele foi postada no Blog, não se imaginava que teria tantos acessos, cerca de 3.990 visualizações durante o ano, a postagem mais acessada em nosso Blog em 2011. Dominicano, doutor da Igreja e um dos grandes teólogos e filósofos de sua história, São Tomás  nasceu em 1225, em  Roccasecca, Itália, filho de uma família nobre.  Comparado a São Paulo e a Santo Agostinho, como um dos maiores teólogos da Cristandade, ele conseguiu sintetizar o pensamento Aristoteliano com os Dogmas Cristãos e fazer da teologia uma ciência. É conhecido especialmente por harmonizar a razão e a fé  enquanto mantém a precisa distinção entre as duas: a razão ajuda a descobrir a existência de Deus, mas é insuficiente como guia para as ações humanas, alcançada pela fé, que é necessária para a descoberta de verdades mais elevadas reveladas pelo consentimento Divino. O corpo teológico, que Tomas formulou em seus escritos, veio a ser chamado Tomismo e é considerado a coroação da Escolástica, método de pensamento crítico dominante no ensino nas universidades medievais para conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, como o da filosofia grega.

 “Enquanto o amor humano tende a apossar-se do bem que encontra no seu objeto, o amor divino cria o bem na criatura amada” (Tomás de Aquino).

Postado por Maribel Felippe

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Prestação de contas do Programa Mais Educação já está disponível.

Acesse os dados clicando no link na coluna à direita.


Horta Escolar

Futsal

Saída de campo


Já está em nosso Blog (http://emefjoaodasilva.blogspot.com/) a disposição da Comunidade escolar e dos interessados em geral mais uma prestação de contas dos recursos públicos utilizados por nossa escola, trata-se dos gastos referentes ao Programa Mais Educação que começou a ser desenvolvido no final do mês de agosto. Para tanto a Escola recebeu do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) o repasse de  recursos financeiros no valor de R$ 30.792,10 (trinta mil setecentos e noventa e dois reais e dez centavos), sendo que foi gasto o valor de R$ 13655,96 (treze mil seiscentos e cinqüenta e cinco reais e noventa e seis centavos) e reprogramado para o exercício de 2012 o valor de R$ 17.776,31 (dezessete mil setecentos e setenta e seis reais e trinta e um centavos). O Programa Mais Educação do Governo Federal, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas nos campos de acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com a Secretaria Municipal de Educação e Desporto de Pelotas (SMED). O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar e, como consequência, o rendimento dos alunos. Assim que recebemos a proposta da SMED aceitamos o desafio, pois não podíamos perder esta importante oportunidade para a nossa comunidade e optamos por realizar atividades de letramento, horta, matemática, danças regionais, teatro e futsal. As atividades com os alunos iniciaram no dia 31 de agosto de 2011e encerram no dia 20 de dezembro de 201, devendo ter continuidade a partir do início do ano letivo de 2012. Em virtude da falta de espaço físico na escola contamos com a colaboração da Igreja do Evangelho Quadrangular, próxima a escola, que se tornou nossa parceira cedendo seu salão de festas para que algumas das oficinas pudessem acontecer. Durante as oficinas e também nos outros momentos em que os alunos permaneceram na escola foi desenvolvido um trabalho integrado que gerou melhora no rendimento escolar de alguns alunos, melhora na participação durante as oficinas da maioria aprenderam a ouvir as explicações, mudaram de comportamento passando a  escutar mais uns aos outros, mudaram as atitudes  diminuiu os gritos e as provocações, não tem mais agressões físicas e verbais, prestam mais atenção, estão mais participativos, respeitam os colegas e os monitores. Também começaram a mudar seus hábitos alimentares, como evitar refrigerantes e sucos no horário de almoço, experimentaram as verduras e legumes que produziram na horta escolar, tivemos crianças que nunca tinham comido alface e experimentaram pela primeira vez e casos raros que não comiam carne e passaram a comer, isso é uma vitória pessoal dos nossos pequenos que fazem a gente acreditar que apesar de  todo o esforço e das dificuldades valeu a pena acreditar na proposta.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

LETRAMENTO: As monitoras Isabela da manhã e Taísa da tarde no primeiro momento desenvolvem a linguagem, a leitura e interpretação de diferentes tipos de textos, produções textuais, comunicação (verbal e não verbal), optaram por atividades bem práticas como competições usando jogos educativos entre eles mesmos, o que mais fez sucesso foi o soletrando. Essas atividades objetivam-se em desenvolver a melhoria das relações sócia afetiva, contribui também para o aprendizado dos alunos. Nos últimos dois meses a monitora Amanda veio substituir a Taísa e deu continuidade ao trabalho acrescentando o estudo da gramatica e da grafia com o uso do dicionário. As monitoras acreditam ter cumprido com seus objetivos.

MATEMÁTICA: A monitora Luana desenvolveu suas atividades visando integrar os alunos entre si e com ela, através de brincadeiras, jogos e atividades bem práticas, que fazem parte do conhecimento matemático cotidiano. A problematização das situações trazidas de casa como cupom fiscal e embalagens, lista de compras e encartes de super. mercado, fazendo uma reflexão ‘A matemática esta em todos os momentos da nossa vida’, as atividades construtivas e cooperativas através de cálculos matemáticos, estabelecendo relações  de medidas, proporções, grandezas, quantidades e formas geométricas, utilizando a aplicação do conhecimento significativo na vida dos alunos. A monitora gostou de desenvolver seu trabalho no programa espera ter contribuído para vida dos alunos.

DANÇAS TRADICIONAIS (GAÚCHAS): O monitor Pablo ofereceu nas suas aulas a riqueza da cultura gaúcha que representam as tradições e a cultura da nossa região. Teve por objetivo as danças gaúchas que estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras, isso pode ser bem visto na dança do balaio, por exemplo,  juntamente com a dança apresentar a músicas com letras simples e  resgata  as manifestações populares e valorizam nossa tradições, desenvolver o gosto pelo tradicionalismo e reconhecer a indumentária típica do nosso povo. O monitor acredita ter se empenhado em cumprir com seus objetivos.

TEATRO: No primeiro momento a monitora Sabrina trabalhou com os alunos por dois meses com atividades de improvisação, construção coletiva de textos, peças e figurinos, trabalhou a socialização e o convívio de grupo. O monitor Anderson veio substituí-la propôs atividades de sociabilização, incentivar o grupo adquirir o gosto pelo conhecimento artístico e cultural, através das técnicas de teatro visando estimular a criatividade e o senso critico dos alunos. O monitor tem receio de não ter cumprido com seus objetivos, pois teve poucos encontros com os alunos já que se aproximava o fim do ano letivo.

DESPORTO FUTSAL: Os monitores Darlan e Michele iniciaram trabalhar as regras, penalidades, dimensões, tiro de canto, as balizas e a parte física dos alunos, aquecimento com pequenas corridas e toque de bola em círculo. O objetivo desta atividade para o monitor é incentivar a prática esportiva com o jogo, o respeito às regras, a amizade e o companheirismo, o espírito de grupo e o coleguismo. Acredita ter vencido seus objetivos, pois relata que os alunos são frequentes nessa aula e a participação é bastante satisfatória.  Após um mês a monitora da manhã foi substituída, a monitora Amanda teve por objetivo atividades mais corporal que trabalham algumas habilidades, como a agilidade, a lateralidade, percepção e o equilíbrio, juntamente com aspectos afetivos e de relacionamento como a cooperação e a socialização. Acredita ter alcançado os objetivos, os alunos mudaram suas atitudes as brigas que eram constantes por formar times da mesma sala, hoje é algo que completa o grupo querem se unir a outras turmas.
 EDUCAÇÃO AMBIENTAL/HORTA: O monitor Vinicius teve por objetivo construir a horta, orientar como se faz os canteiros, orientar os plantios de mudas, semear hortaliças e verduras, além de incentivar a alimentação saudável, integrar os alunos e hábitos de boa convivência baseados, no respeito, cooperação, responsabilidade, valorizar e produzir alimentos sem agrotóxicos. As atividades foram bem diversificadas, visitas às hortas caseiras em torno da escola, levantamento de dados e conhecimentos que os alunos têm sobre horta, limpeza do local, colocação de terra, construção de canteiros, adubação com esterco, cercar a horta, plantio e colheita de verduras, hábitos de alimentação saudável e preservação do meio ambiente. O monitor percebe que tiveram algumas dificuldades que podem ser facilmente superadas, no geral o desenvolvimento do trabalho foi muito bom, atingindo a maioria dos objetivos propostos, como aproveitar os alimentos da horta na merenda escolar.

Professor Ricardo Moreira
Diretor

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Tenho medo...

Rubem Alves


Tenho medo...
                                                                                                                                    * Rubem Alves


Um casal de amigos enviou-me um fax com um pedido: que lhes mandasse os nomes dos livros que tenho sobre o medo. Explicaram a razão do pedido: tinham medo... E pensavam que pela leitura daquilo que sobre o medo se escreveu como ciência e filosofia, o seu próprio medo ficaria mais leve.

Procurei fazer o que me pediam. Pus a funcionar os arquivos da minha memória, procurando identificar os livros sobre o medo que estariam na minha biblioteca. Inutilmente. Nenhum título me veio à mente. Dei-me conta de que não possuo nenhum livro sobre o medo. Sem livros a que recorrer, pus-me a pensar meus próprios pensamentos sobre o medo. E o primeiro pensamento que me veio foi o seguinte: Eu tenho medo. Eu sempre tive medo. Viver é lutar diariamente com o medo. Talvez esse seja o sentido a lenda de São Jorge, lutando com o dragão. O dragão não morre nunca. E a batalha se repete, a cada dia.

Como não pudesse ajudar meus amigos com bibliografia filosófica e científica, resolvi compartilhar com eles minha condição. O medo tem muitas faces. Lembro-me de que, bem pequeno ainda, acordei chorando, imaginando que um dia eu estaria sozinho no mundo. Foi uma dura experiência de abandono. Tive medo de não ser capaz de ganhar a minha vida quando meu pai e minha mãe partissem. Na verdade eu tinha era medo da orfandade, do abandono. Minha filha Raquel tinha não mais que três anos. Era cedo, bem cedo. Ela me acordou e me perguntou: “Papai, quando você morrer você vai sentir saudades?“ Essa foi a forma delicada que ela teve de me dizer que tinha medo da saudade que ela iria sentir, quando eu partisse. O rosto do medo mudou. Mas o sentimento continua o mesmo. Tenho medo da solidão. Há uma solidão boa. É a solidão necessária para ouvir música, ler, pensar, escrever. Mas há a solidão do abandono. Buber relata que, numa língua africana, a palavra para dizer “solidão“ é composta de uma série de palavras aglutinadas que, se traduzidas uma a uma, dariam a frase: Lá, onde alguém grita: Oh! mãe! Estou perdido! O trágico dessa palavra é que o grito nunca será ouvido, nunca terá resposta. Tenho medo da degeneração estética da velhice. Tenho medo que um derrame me paralise, deixando-me sem meios de efetivar a decisão que seria sábia e amorosa: partir. Tenho medo da morte. Antigamente esse medo me atormentava diariamente. Depois ele se tornou gentil. Ficou suave. Passei a compreender que a morte pode ser uma amiga. Veio-me à mente uma frase que se encontra na oração Pelos que vão morrer, de Walter Rauschenbusch: “Ó Deus, nós te louvamos porque para nós a morte não é mais uma inimiga, e sim um grande anjo teu, nosso amigo, o único a poder abrir, para alguns de nós, a prisão da dor e do sofrimento e nos levar para os espaços imensos de uma nova vida. Mas nós somos como crianças, com medo do escuro...“ (Orações por um mundo melhor, Paulus ). O Vinícius disse a mesma coisa de um outro jeito: “Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio pelo momento a vir, quando, emocionada, ela virá me abrir a porta como uma velha amante, sem saber que é a minha mais nova namorada.“ Boas são as palavras das orações e dos poemas: elas têm o poder de transfigurar a face do medo. Meu medo da morte ficou suave porque o seu terror foi amenizado pela tristeza. Ah! Mário Quintana! Como eu gosto de você, velho que nunca deixou de ser menino! Você sabia tirar o terror do medo rindo diante dele. Você lidava com seus medos como se fossem brinquedos. Delicioso, esse brinquedinho: “Um dia...pronto!...me acabo./ Pois seja o que tem de ser./ Morrer: que me importa? O diabo é deixar de viver!“ Isso mesmo. O terrível não é morrer; é deixar de viver. O terrível não é o que está à frente; é o que deixamos para trás. É um desaforo ter de deixar essa vida! Zorba, quando percebeu que seu momento chegara, foi até a janela, olhou para as montanhas no horizonte, pôs-se a relinchar como um cavalo e gritou: “Um homem como eu teria de viver mil anos!“ E eu pergunto: “Por que tanta modéstia? Por que só mil?“

Mas tenho medo do morrer. Medo da morte e medo do morrer são coisas distintas. O morrer pode ser doloroso, longo, humilhante. Especialmente quando os médicos não permitem que o corpo que deseja morrer, morra.

Tenho medo também da loucura. Não há sinal algum de que eu vá ficar louco. Mas nunca se sabe! Muitas mentes luminosas ficaram insanas. E tenho medo de que algo ruim venha a acontecer com meus filhos e netas. Sábias foram as palavras daquele homem que, no livro onde deveriam ser escritos os bons desejos à recém-nascida neta do rei, escreveu: “Morre o avô, morre o pai, morre o filho...“ Enfurecido, o rei lhe pede explicações. “Majestade: haverá tristeza maior para um avô que ver o seu filho morrer? E para o seu filho: haveria tristeza maior que ver sua filhinha morrer? É preciso que a morte aconteça na ordem certa...“ Tenho medo de que a morte não aconteça na ordem certa.

Somos iguais aos animais, em que as mesmas coisas terríveis podem acontecer a eles e a nós. Mas somos diferentes deles porque eles só sofrem como se deve sofrer, isto é, quando o terrível acontece. E nós, tolos, sofremos sem que ele tenha acontecido. Sofremos imaginando o terrível. O medo é a presença do terrível-não-acontecido, se apossando das nossas vidas. Ele pode acontecer? Pode. Mas ainda não aconteceu e nem se sabe se acontecerá.

Curioso: nós, humanos, somos os únicos animais a ter prazer no medo. A colina suave não seduz o alpinista. Ele quer o perigo dos abismos, o calafrio das neves, a sensação de solidão. A terra firme, tão segura, tão sem medo, tão monótona! Mas é o mar sem fim que nos chama: “A solidez da terra, monótona, parece-nos fraca ilusão. Queremos a ilusão do grande mar, multiplicada em suas malhas de perigo...“ (Cecília Meireles).

A pomba, que por medo do gavião, se recusasse a sair do ninho, já se teria perdido no próprio ato de fugir do gavião. Porque o medo lhe teria roubado aquilo que de mais precioso existe num pássaro: o vôo. Quem, por medo do terrível, prefere o caminho prudente de fugir do risco, já nesse ato estará morto. Porque o medo lhe terá roubado aquilo que de mais precioso existe na vida humana: a capacidade de se arriscar para viver o que se ama.

O medo não é uma perturbação psicológica. Ele é parte da nossa própria alma. O que é decisivo é se o medo nos faz rastejar ou se ele nos faz voar. Quem, por causa do medo, se encolhe e rasteja, vive a morte na própria vida. Quem, a despeito do medo, toma o risco e voa, triunfa sobre a morte. Morrerá, quando a morte vier. Mas só quando ela vier. Esse é o sentido das palavras de Jesus: “Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á. Mas quem perder a sua vida, a encontrará.“ Viver a vida, aceitando o risco da morte: isso tem o nome de coragem. Coragem não é ausência do medo. É viver, a despeito do medo.

Houve um tempo em que eu invocava os deuses para me proteger do medo. Eu repetia os poemas sagrados para exorcizar o medo: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum...“ “Mil cairão à tua direita, dez mil à tua esquerda, mas nenhum mal te sucederá...“ A vida me ensinou que esses consolos não são verdadeiros. Os deuses não nos protegem do medo. Eles nos convidam à coragem de viver a despeito dele.

* Rubem Alves é psicanalista, educador, doutor em filosofia, teólogo e escritor.
Este texto foi extraído do site www.rubemalves.com.br ( Blog A casa de Rubem Alves)

Postado por Maribel Felippe



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Escola João da Silva Silveira dispõe Prestação de Contas no Blog

De olho nos Recursos da escola


A Escola Municipal de Ensino Fundamental João da Silva Silveira construiu seu projeto Político Pedagógico ao longo dos últimos anos a partir do envolvimento da comunidade do Monte Bonito nas suas ações, projetos e decisões. Os principais instrumentos de participação da comunidade escolar são: o Conselho Escolar, o Conselho de Classe Participativo e os Seminários com a Comunidade. Estes últimos são estratégias que buscam envolver a comunidade nos diferentes espaços da escola. Abrem-se, assim, espaços de deliberação e decisão sobre a administração, a ação pedagógica, as finanças e os projetos de ação político-educacionais proporcionando a comunidade escolar o entendimento e a participação de como se organiza e funciona essa instituição. Mais do que prestar contas do que o grupo gestor faz esse envolvimento co-responsabiliza e compromete a população participante nos projetos de desenvolvimento educacional das crianças e jovens. A proposta da atual gestão da escola é aprimorar sempre mais este processo de interação com a comunidade escola e pensamos que a tecnologia pode ser uma facilitadora do processo, sendo assim decidimos colocar a prestação de contas dos recursos financeiros recebidos pela escola a disposição no nosso blog. Os interessados podem acessar a partir do blog (http://emefjoaodasilva.blogspot.com) as páginas com a prestação de contas dos recursos recebidos da Prefeitura Municipal de Pelotas por meio do Programa de Descentralização dos Recursos Financeiros (PARF) e também dos recebidos do Governo Federal através do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Em breve estaremos dispondo também as contas de outros programas como o Mais Educação e os recursos arrecadados em eventos e festas da própria escola. O PARF repassou a escola em 2011 o montante de R$ 26.938,72 dividido em 4 trimestres (R$ 6.734,68 por trimestre), sendo que 40% deste valor foi gasto com serviço de manutenção da escola como troca de lâmpadas e reatores, manutenção e reforma dos banheiros, manutenção da rede elétrica e hidráulica, reposição de vidros, troca de fechaduras, confecção de cortinas, concerto de aparelhos (computadores, copiadora, ventiladores, etc.), pagamento de telefone e internet. O restante, cerca de 50% foi gasto com material de consumo, como material de limpeza, material escolar, folhas de papel A4, marcadores para quadro branco, material elétrico, ferragem, etc. e os restantes 10% com material permanente, em 2011 compramos cadeiras, mesas, armários, aparelhos de som, computadores e ventiladores de teto. Os recursos do PDDE somaram R$ 5.983,57 sendo R$ 5.270,93 referentes a 2011 e R$ 712,64 que sobraram de 2010, a estes recursos foram acrescidos R$ 2.321,13 de recursos obtidos pela própria escola em festas e promoções. Estes recursos somados foram usados na compra de uma máquina copiadora nova, toner e cartuchos de tintas para impressão, material de construção, confecção de figurino do grupo de dança e material pedagógico diverso. Os formulários de prestação de contas, conforme foram encaminhados à Secretaria Municipal de Educação e Desporto e também o parecer do Conselho escolar que aprovou as contas podem ser acessados no blog da escola no menu páginas, na parte superior. As notas fiscais e os demais comprovantes dos gastos estão a disposição na escola.  


Professor Ricardo Moreira
Diretor

sábado, 14 de janeiro de 2012

Escola Marechal Rondon Realiza formatura do ano de 2011

Diretor da Escola João da Silva Participa da Formatura da
 Escola Marechal Rondon
Dia 07 de janeiro, sábado passado, aconteceu a cerimônia de formatura do Ensino fundamental do Ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Marechal Rondon da qual tivemos a honra de sermos convidados para participar da mesa, juntamente a com a Equipe Diretiva da Escola, os paraninfos das turmas e do Presidente da Câmara de Vereadores e Professor da Escola Professor Adinho. Queremos agradecer a Direção da Escola Marechal Rondon pelo convite, pois acreditamos que a união, principalmente das escolas do Monte Bonito e da colônia de Pelotas como um todo, é necessária e importante na busca por melhores condições de vida para todos, não só em termos de educação, mas também de saúde, transporte, oportunidade de trabalho e outras. Para tanto devemos contar também com outros setores da sociedade como as comunidades religiosas, clubes, postos de saúde, associação de moradores e da população em geral. Das muitas necessidades de nosso povo, algumas já conseguimos, como, por exemplo, a água no Monte Bonito, reforma nas escolas, A Escola de Educação Infantil que em breve começará a ser construída. Mas ainda temos muito por que lutar, nosso transporte público é caro, de péssima qualidade e não atende as nossas necessidades de locomoção devido a precariedade de horários, nossas estradas são precárias, a iluminação pública deixa a desejar, nossos jovens não tem espaço adequado para prática de esportes, o que poderia acontecer nas escolas nos finais de semana, (mesmo que nenhuma das duas escolas tenha quadra coberta). Enfim, temos muita coisa por que lutar e para conquistá-las devemos nos unir. A aproximação entre as duas principais escolas da região é um bom começo. Por este motivo aceitamos o convite da Escola Marechal Rondon e, na pessoa do nosso diretor Professor Ricardo Moreira, estivemos presentes na Formatura desta escola, que assim como a nossa, tem se esmerado para garantir uma educação de qualidade as nossas crianças, jovens e adultos. Parabéns a Escola Rondon e seus profissionais assim como aos formandos e suas famílias.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Do natural ao sobrenatural


Fenômenos naturais, como relâmpagos, nos primórdios causavam muito estranhamento

Neiff Satte Alam[*]
 
     “A natureza é o ambiente em que se desfaz o mistério”
 
     O mistério e o sobrenatural andam de mãos dadas desde os primórdios da humanidade. A incompreensão relativa a fenômenos que não podiam ser explicados em razão dos parcos conhecimentos sobre a natureza, fez com que o homem primitivo tornasse sobrenatural muitos fenômenos que hoje são perfeitamente explicados, alguns até parecendo inconcebível não haver entendimento sobre eles no passado.
 
      Quando o homem pré-histórico se encolhia no fundo das cavernas, amedrontado pelos barulhentos e chamejantes raios que iluminavam suas noites de tempestade, temia os impulsos que entendia sobrenaturais, mistérios incompreendidos pela seu reduzido conhecimento destes fenômenos que hoje são tão clara e simplesmente explicados pela física.
 
     O avanço exponencial da ciência vai colocando os mistérios,  que envolvem e por vezes amedrontam os homens, como simples enunciados e fórmulas científicas que podem ser perfeitamente absorvidas.
 
     O que seria misterioso ao homem do século XVIII, como o simples entendimento de que a Terra gira em torno do Sol, por exemplo, hoje é uma lição para crianças que ainda não se alfabetizaram, mas nos séculos passados tornaram os homens que assim pensavam em amigos do demônio e inimigos de Deus. A Inquisição, por exemplo,  defendia a manutenção dos mistérios que envolviam as leis naturais desde a origem da Terra até os mais simples mecanismo de perpetuação da espécie humana.
 
     Na medida em que a natureza começou a ser melhor entendida e o avanço do conhecimento científico atingiu e explicou os mistérios que assombravam o homem, estes foram se desfazendo. Naturalmente não terminam aí os mistérios, pois a necessidade de busca do impossível, do sobrenatural, é a energia que move a curiosidade do homem e alimenta a imaginação do cientista: explicar o inexplicável!
 
     A natureza não tem dimensão definida, pois se amplia de acordo com a ampliação do conhecimento que o homem tem sobre ela; transformando o sobrenatural em natural; fazendo com que os mistérios se transformem em leis naturais. Seria mais ou menos como se fossemos lentamente invadindo o espiritual com o material.
 
     Desfazendo os mistérios que nos assombram e  atropelando dogmas religiosos com a evolução do conhecimento científico, contrariamente ao que se poderia pensar, estamos ampliando os mistérios que vão surgindo em razão de nossas dúvidas geradas pelo próprio conhecimento.
 
     Os mistérios, assim, vão se alimentando de sua própria destruição e, paradoxalmente, alimentando a natureza das coisas antes sobrenaturais e, por si só, mistérios a serem desvendados.
 
     Quando, e se, chegássemos a desvendar todos os mistérios do Universo, não nos restaria outra saída que não fosse a de retornar aos tempos primitivos, apagar com uma borracha cósmica todo o conhecimento para que a vida tivesse sentido, o sentido da descoberta permanente e da crença no sobrenatural.
           




[*] Professor

MOVIMENTO EDUCAÇÃO JÁ!